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domingo, 26 de julho de 2009

Católicos testam partidos políticos

Um grupo de católicos enviou, em carta aberta, questões a todos os partidos concorrentes às próximas eleições legislativas, para ajudar os eleitores, devidamente informados, a "votar em liberdade de consciência esclarecida". Em carta aberta, é exigido esclarecimento sobre questões formuladas por imperativos cívicos, democráticos e morais para que votos sejam responsáveis. O documento, de 22 de Junho último, é assinado por mais de seis dezenas de personalidades, entre elas, Bagão Félix, Gentil Martins, Fausto Quadros, Isilda Pegado, João César das Neves, Manuel Braga da Cruz e Matilde Sousa Franco.

Entendem a sua iniciativa como "gesto de cidadania" e de "responsabilidade democrática", a que juntam a exigência "moral enquanto cristãos", esperando que a sua atitude interesse a "todos os eleitores, católicos ou não", desejosos de "esclarecimento". Citam a nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, de 23 de Abril último, com o título "Direito e dever de votar", para enunciar os critérios de uma boa escolha política.

Enumeram os critérios seguintes: "promoção dos direitos humanos; defesa e protecção da instituição familiar, fundada na complementaridade homem e mulher; respeito incondicional pela vida humana em todas as suas etapas e a protecção dos mais débeis; procura de solução para as situações mais graves: direito ao trabalho, protecção dos desempregados, futuro dos jovens, igualdade de direitos e melhor acesso aos mesmos por parte das zonas mais depauperadas do interior, segurança das pessoas e bens, situação dos imigrantes e das minorias; combate à corrupção, ao inquinamento de pessoas e ambientes, por via de alguma comunicação social; atenção às carências no campo da saúde e ao exercício da justiça; respeito pelo princípio da subsidiariedade e apreço pela iniciativa pessoal e privada e pelo trabalho das instituições emanadas da sociedade civil, nomeadamente quando actuam no campo da educação e da solidariedade".

Dizem que essas questões são importantes para os eleitores, em particular para os cristãos, que não querem "trair a sua consciência". Esperam respostas dos partidos, de que darão conhecimento público para que os interessados avaliem se podem ou não votar nas suas propostas. É apenas a iniciativa de um grupo de católicos. Não obriga ninguém. Entre católicos, há um legítimo pluralismo de opções, mas também há questões incontornáveis, para "votar em liberdade de consciência esclarecida".

Retórica dos discursos pode afastar eleitores

Este ano é farto em eleições, as europeias já cumpridas e as próximas legislativas e autárquicas. Os portugueses correm o risco de ouvir ou ler apenas propostas avulsas, raramente bem esclarecidas e coerentes. Se assim for, ficarão sem dados necessários para as suas escolhas, correndo o risco da alienação provocada pela retórica dos discursos dos políticos, de quem já tanto descrêem. Veja-se como a abstenção é tão grande e como tantos se desinteressam da importância democrática dos seus votos.

Fonte: Jornal de Notícias

2 comentários:

  1. o texto é um pouco grande moçadaaa

    mas vale a pena ser lido...

    pois éssa é uma bela inicitaivaaa

    eu particularmente achooo fantástico trabalhos como ficha limpa realizado pela CNBB e me agrada muito essa politização q a Igreja Católica aqui no Brasil tem!!!!

    quem quiser entender um pouco mais sobre Política e Religião tem um texto muito bom portugues q didaticamente é muito bom pra quem quer se aprofundar e enveredar nestes campos!!!

    http://www.liberdade-educacao.org/doc_curriculos/catolicos.htm

    abraços e bom domingo a todos

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  2. João Luís14:21

    muittooo bom a iniciativaaa flaviãooo

    gostei

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