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sábado, 20 de março de 2010

Igreja Católica deixa de perder fiéis, aponta pesquisa

44% dos moradores da grande Vitória se declaram católicos


A Assembleia de Deus deixou de conquistar adeptos e agrega 12% da população


A igreja Batista tem 5% da população e a Maranata também tem 5%
A igreja Católica deixou de perder fiéis. De acordo com pesquisa realizada pela Futura, 44% dos moradores da Grande Vitória se dizem católicos, um índice que se manteve estável nos últimos três anos, depois de perdas sucessivas entre 2004 e 2007. Mesmo com a perda de fiéis, a igreja Católica é majoritária, quatro vezes maior que a religião que está em segundo lugar em número de fiéis - a Assembleia de Deus, que tem 12% da população da Grande Vitória.

A Assembleia de Deus, igreja que mais cresceu na Grande Vitória nos últimos anos, deixou de conquistar adeptos nos últimos 12 meses. De acordo com a pesquisa, a Assembleia de Deus - igreja calcada no protestantismo pentecostal - agrega hoje 12% da população, enquanto no ano passado eram 13%. Mesmo assim se manteve como a segunda religião, depois do catolicismo, com maior número de fieis na região. Há seis anos eram 8%. Na terceira posição há um epate técnico entre Batistas e Maranatas que dividem os números de seguidores. A igreja Batista tem 5% da população e a Maranata também tem 5%.

A pesquisa mostra ainda que a igreja Católica e a Assembleia de Deus têm seguidores com perfis bem distintos. Os católicos majoritariamente moram em Vitória, têm boa escolaridade e renda elevada, já os fiéis da Assembleia de Deus moram principalmente em Cariacica (ES) e Serra (ES), são pouco escolarizados e de baixa renda. O espiritismo cristão tem grande penetração entre pessoas com elevada escolaridade e alta renda.

Participação

A maioria dos moradores da Grande Vitória que professa alguma religião não costuma fazer trabalhos religiosos. A pesquisa mostra que 66% deles não fazem trabalhos, embora frequentem missas e cultos. Nem mesmo eventos e encontros promovidos pelas igrejas têm grande público. 11% vão a encontros de jovens de suas igrejas; outros 7% participam de círculos de oração; 6% participam de reunião e outros vão a congressos; e 5% participam de encontros de casais, retiros espirituais ou evangelização. 22% disseram que não participam de qualquer evento ou encontro de suas igrejas.

Existe destino?

A pesquisa da Futura sobre a religiosidade dos moradores da Grande Vitória mostra ainda que as religiões têm um grande impacto sobre as forma das pessoas verem a vida. 97% acreditam na existência de Deus ou alguma força superior, independentemente se professam religiões cristãs ou não e 85% acreditam em milagres, ou seja, em manipulações divinas sem explicação científica.

A força das religões é tamanha que a população se divide entre acreditar que a vida é sucessão de escolhas pessoais ou fruto do destino previamente estabelcido por forças superiores. 49% acreditam que a vida está nas mãos de cada um e se desenrola conforme a sua própria escolha e 43% acham que o destino de cada um já está traçado por forças divinas. Em 2008, 56% da população acreditava que a vida está traçada pelo destino e hoje 43% pensam assim. Em contrapartida, 32% achavam, há dois anos, que a vida segue por caminhos escolhidos por decisão individual, hoje são 49%. Ou seja, as pessoas estão deixando de esperar que forças divinas conduzam suas vidas e partindo para a luta.

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