Páginas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Beato João Paulo II, rogai por nós!

No primeiro dia do mês de maio, neste ano de 2011, às vésperas do domingo da Divina Misericórdia, acompanhamos, com grande entusiasmo e com ardor no coração, a beatificação do nosso saudoso e amado Papa João Paulo II, o Papa que introduziu a Igreja no terceiro milênio e nos ensinou que “Deus que é amor não pode se revelar de outro modo a não ser como misericórdia”. (Encíclica Dives in Misericordia, nº 13).

Hoje, ao contemplarmos os quase vinte e oito anos do Pontificado de Karol Wojtyla, com renovada fé nós observamos que João Paulo II foi para todos nós uma singular expressão da misericórdia divina, uma fonte de graças, o arauto da nova evangelização, o estopim de um novo pentecostes que irradiou a chama da Verdade e da esperança pelo mundo inteiro. Por tudo que realizou em prol da unidade dos cristãos, da expansão do Cristianismo e da difusão da cultura da vida, o Papa João Paulo II conquistou um lugar cativo em nossos corações e, por isso, no dia do seu falecimento - 02 de abril de 2005 - uma certeza pairava em nossas almas: João Paulo II foi um santo homem, um santo Papa, um santo Bispo, um santo sacerdote; por conseguinte, como membros da Igreja, nós bradamos ao céu, clamando: Santo súbito! Santo já! E não poderia ser diferente, pois, naquele dia, o mundo parou para rezar, refletir, chorar, comungar e agradecer ao Senhor o privilégio de sermos contemporâneos de um santo que nos convidou a remar mar adentro, “Duc in altum!”, no infinito mar da graça divina.

Por ter vivido plenamente a santidade, o Papa João Paulo II vivenciou alegrias e tristezas, comunicou a Boa Nova sem reservas, denunciou as sombras dos erros e dos pecados do mundo moderno e foi o alvo das perseguições das trevas que tentaram silenciá-lo, alvejando-o com tiros. Mas, em todas essas coisas, nosso amado Papa foi mais que um vencedor e triunfou com júbilo, anunciando a vida, a esperança, a paz, a prosperidade, o perdão, a caridade e a misericórdia. Por ser um santo, em seu caminho de santidade João Paulo II não teve medo de expor suas dores e sofrimentos e nos fez ver que, pela oração, temos que nutrir um contínuo diálogo de amor com Cristo. Nos primeiros anos do seu caminho de santidade, quando ainda era um jovem na Polônia, no Leste europeu, Karol Wojtyla vivenciou bem de perto os horrores da guerra e, por isso, proclamou a todos os governantes do mundo que toda guerra é uma insanidade, um atentado à paz e uma expressão de egoísmo. Com a autoridade de Sumo Pontífice e a visão futurista de um santo, João Paulo II combateu, com as armas da oração, o socialismo e o comunismo. Agindo, santamente, do alto da Cátedra de Pedro, ele contemplou a queda do muro de Berlim, a reunificação da Alemanha e a queda do socialismo no Leste europeu. Em seu caminho de santidade, João Paulo II fez história, por ter sido o protagonista do advento de um mundo novo e o pastor que decifrou os sinais divinos em nossa história. Com os cuidados de um bom pastor, ao perceber os primeiros sinais de sombras na nova configuração mundial, ele advertia: “Um mundo que é criado sem Deus, em pouco tempo se volta contra o próprio homem!”

Por ser um santo, o Papa João Paulo II foi um homem de uma fé inquebrantável, que vivia de Deus, se nutria de Deus, falava em nome de Deus e realizava um apostolado sem fronteiras em íntima união com Deus. Por tudo que realizou na Igreja e no mundo, o beato João Paulo II expandiu os limites da Igreja, favoreceu a comunicação da terra com o céu, aproximou a dimensão visível da Igreja de sua dimensão invisível e projetou universalmente o Evangelho, a moral e a ética cristã. Não há nenhuma dúvida em nossos corações: esse homem, esse Papa, é um santo que continua vivo e ressuscitado na dimensão invisível da Igreja triunfante. Neste momento, ele continua ouvindo nossas preces e está apresentando a Nosso Senhor Jesus Cristo os nossos mais humildes pedidos. Ele continua escancarando diante de nossos olhos a beleza da nossa fé católica. Com emoção no coração e os mais nobres desejos de santidade em nossas almas, nós também clamamos: “Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Hoje nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos!” (Homilia do Papa Bento XVI na cerimônia de Beatificação do Papa João Paulo II em 1º de maio de 2011). Santo Padre, protegei-nos no bom combate da fé e no ousado testemunho da santidade em meio ao mundo que nos cerca! Beato João Paulo II, santo da nossa mais alta estima, ensinai-nos a viver em união com Deus, para que possamos ser, sempre mais, entusiásticas testemunhas da esperança! Assim seja! Amém!


Aloísio Parreiras
(Membro do Movimento de Emaús/Brasília)

Nenhum comentário:

Postar um comentário