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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Evangelho do Dia!!!

Jesus continuou:
- Eu vim para pôr fogo na terra e como eu gostaria que ele já estivesse aceso! Tenho de receber um batismo e como estou aflito até que isso aconteça! Vocês pensam que eu vim trazer paz ao mundo? Pois eu afirmo a vocês que não vim trazer paz, mas divisão. Porque daqui em diante uma família de cinco pessoas ficará dividida: três contra duas e duas contra três. Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras

Bíblia Sagrada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Bom dia!

Contextualização histórica é muito importante…

Já se tinha passado anos e anos desde que Moisés desceu do monte e o povo meio que já havia esquecido de Deus. As gerações foram aos poucos trocando a lembrança e A PRESENÇA de Deus pela interpretação da LEI de Moisés. O povo de Deus havia perdido a brasa sobre as cinzas de sua vaidade, do orgulho, da ganância, (…). Jesus então deixava claro que veio para por fogo novamente naquilo ou naqueles que Ele já esperava que já estivesse aceso: vida e espiritualidade

Em outro momento do evangelho pode-se até soar que Jesus estivesse desejando a desagregação ou a divisão dos lares, das famílias, (…) mas como poderia querer isso se não veio para mudar a Lei.

“(…) Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição”. (Mateus 5, 17)

Em ambos os casos, algo fica nítido: o como interpretamos os fatos!

Na leitura do evangelho, em muitos momentos, é preciso muito mais que sentimento e a abertura. Precisamos ter em mãos o entendimento do que estava acontecendo naquela época, para assim especularmos o que acontecia. Como exemplo temos as parábolas de Jesus… Elas são repletas de contextualização, fatos e situações da época que para “compreende-la” se faz necessário romper com o entendimento emocional e tendencioso. A esse entendimento a igreja chama de exegênese.

Um parêntese… Ainda fico horrorizado ao ver aquele “apóstolo” da igreja Mundial ler e interpretar a parábola do tesouro encontrado “(…) O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo”. (Mateus 13, 44); Jesus usava essa parábola para valorizarmos o que é eterno em detrimento ao passageiro, mas o “apóstolo” afirmava “vende o que tem e dê para ‘ajudar’ a igreja”. (hunf). Realmente, o povo ainda valoriza a SUA LEI em detrimento a presença de Deus

Confesso que é difícil de agüentar ver pessoas (gostaria de acreditar que não é de má fé) usando a fragilidade (e o momento) das outras, através de palavras escolhidas e manipuladas, para que pessoas façam o que outras realmente querem. Vendo pessoas dando tudo que tem para sustentar o luxo e as vaidades de pessoas que usam a palavra de Deus como forma de “ganhar a vida” (ou seria perdendo?).

Outro ponto nesse evangelho…

Pais contra filhos, filhos contra pais… Soa algo parecido com hoje? Os motivos dos desgastes ainda são os mesmos (vaidade, orgulho, ganância, descompromisso, distanciamento…). A brasa que move nossa vida ou nossas vidas esta novamente se apagando, afogando-se em montes de cinzas. Nossos relacionamentos cada vez mais rotineiros (A LEI) e menos amorosos, atenciosos, zelosos,… (A PRESENÇA).

Desde que o mundo é mundo é sim possível, dentro de uma mesma casa ou família, existir pensamentos e condutas diferentes, pois é sabido que pessoas criadas pelos mesmos pais, mesmo sendo gêmeas, nem sempre têm as mesmas atitudes e respostas a um mesmo estímulo, imagine então quanto a crenças. Sendo assim plausível entender e até compreender sem tecer julgamentos, que existam pessoas muito religiosas que infelizmente, ou felizmente, sofrem pelo descrédito e desmazelo de um outro ente ou entes tão próximos (marido, esposa, filhos,…).

“(…) É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres”.(Mateus 13, 56-57)

Em contrapartida a religião também não pode desagregar uma família. Uma mãe ou pai não pode ficar triste ou criticar seu filho(a) por ter uma crença. Será que ficariam felizes se eles estivessem em casa num domingo inteiro olhando para as paredes?

A descrença dentro de casa pode ser um dos fatos que impedem que surjam milagres em nossas vidas em família. Mesmo assim, não nos permitamos a creditar a culpa dos erros, oriundos da vontade individual de outros, a nós. Digo isso pela quantidade de pessoas que se apropriam disso, se culpam, sofrem e adoecem achando que sua fé causa perseguição ou desarmonia em sua casa. A fé vai clareando os cômodos e não tampando as janelas para luz não entrar.

Saibamos dividir a responsabilidade pelas cinzas. O fogo dentro de uma casa é responsabilidade de cada um e não somente de um fiel.

Irmãos! O fogo já deveria estar acesso…

Um imenso abraço fraterno.

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