quinta-feira, 28 de março de 2013

Milhares de franceses protestam contra "casamento" gay

As ruas de Paris voltaram a ser palco de uma mobilização contrária à política socialista do presidente François Hollande, que pretende legitimar o "casamento" gay na França até junho deste ano. Cerca de 1,4 milhão de pessoas (algumas informações defendem 300 mil) marcharam à frente da Torre Eiffel para dizer um forte "não" à equiparação dos relacionamentos homossexuais à família natural. Em meio a um público de diferentes idades e credos, a ocasião foi também uma oportunidade para unir católicos, protestantes e até muçulmanos em torno da defesa da família. E, para desespero dos militantes esquerdistas, a manifestação que aconteceu no último domingo, 24/03, contou com o apoio de vários homossexuais, sobretudo dos membros da Homovox, a maior associação homossexual do país.

Essa é a terceira vez em que os franceses saem às ruas para repudiar o projeto da Ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, que busca a regularização da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Em janeiro de 2013, a marcha teve o apoio de centenas de associações e grupos de diferentes credos que marcaram presença durante o ato para exigir do presidente François Hollande um referendo sobre o assunto. Embora a maioria dos franceses apoiem a proposta, a porcentagem dos que são contrários vêm crescendo dia após dia, em grande parte, devido a esses protestos. Foram as maiores manifestações públicas do país desde que a população resolveu protestar contra a reforma educacional em 1984.

As lideranças gays, numa tentativa fracassada de fazer oposição às marchas em defesa da família, também se organizaram em manifestações. No entanto, apesar de todo o aparato da mídia progressista e do lobby de outras organizações, o número de participantes ficou muito aquém daquele presente nas manifestações rivais. Uma derrota vergonhosa para a ideologia de gênero e seus promotores. Quem achava que a família natural poderia ser subvertida mediante uma simples canetada do presidente percebeu que estava errado. Fator que só tende a reforçar o incisivo ensinamento da Igreja de que, nas palavras do Cardeal Joseph Ratzinger, "[n]enhuma ideologia pode cancelar do espírito humano a certeza de que só existe matrimônio entre duas pessoas de sexo diferente".

Se por um lado o governo já declarou que não tem a intenção de voltar atrás no projeto, por outro, a situação é uma ótima oportunidade para os franceses perceberem a farsa do discurso socialista e o pouco caso dessa ideologia em relação aos termos democráticos. Não importa que a lei natural diga que dois homens não são capazes de gerar um filho, não importa que a população se mostre contrária à proposta. A única coisa que importa para políticos dessa estirpe é fazer prevalecer seus ideais delirantes e imorais. Nem que para isso eles tenham que perseguir, condenar ou fazer uso das famosas guilhotinas de Robespierre e Napoleão. A criação de um "Observatório Nacional da Laicidade" para combater o que eles chamam de "patologia religiosa" já é um primeiro passo nesta direção.

Uma coisa é certa, a histórica manifestação dos franceses não deixará indiferente a consciência da população, muito menos a de seus governantes. Prova disso vê-se na preocupação dos socialistas em relação à crescente atuação da Igreja no espaço do debate público. Mesmo que a absurda lei do "casamento" gay venha a ser aprovada, o presidente François Hollande não ficará imune à reprovação do país, algo que poderá se refletir nas próximas eleições. Há um despertar da fé no povo francês, isso é notório. E esse despertar é o que ajudará os franceses a perceberem que, no debate acerca da união entre pessoas do mesmo sexo, o que se está em jogo não são apenas convicções religiosas, como alguns querem fazer crer, mas a própria natureza e identidade do ser humano.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Francisco, o Papa que veio do Sul

Com a escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio para o cargo de líder da Igreja Católica, como Papa Francisco, a Igreja Católica entra numa fase de sua história, marcada por uma intenção missionária e pela reafirmação do caminho já trilhado por João Paulo II e Bento XVI.

- Jesuíta no Vaticano
A escolha de um jesuíta simboliza uma opção pelo caráter missionário da Igreja. Se você pensa em Bento XVI, com a escolha do nome Bento, mostrava seu desejo de trabalhar na reconstrução das bases do catolicismo, estando centrado na Europa e com foco na relação entre fé e cultura.

Escolher um papa jesuíta, e argentino, é o paradigma do processo de evangelização do novo mundo. A Companhia de Jesus construiu o catolicismo na América Latina com seu trabalho missionário. A escolha desse Papa tem um cunho simbólico de uma Igreja que agora vai para o mundo com um grande apelo missionário.

- O nome Francisco
A escolha do nome pode ter relação com dois grandes santos da Igreja: São Francisco de Assis, considerado o santo dos pobres, e São Francisco Xavier, um grande missionário que evangelizou o oriente.. Bergolio, no conjunto de seu episcopado na Argentina, foi um cardeal reconhecido por ter um grande trabalho social junto às favelas de Buenos Aires. É um papa com trabalho social, apontando para valorização da ação social da Igreja.

- A idade
Significa claramente que os cardeais gostaram da experiência de ter um Papa mais idoso à frente da Igreja (Bento XVI foi eleito com 78 anos em 2005). Isso sinaliza um papado curto. No entanto, não significa que é um Papa de transição. Temos que acabar com essa ideia de Papas de transição. Ele pode ter um pontificado curto, mas com uma missão específica, dando continuidade aos trabalhos daqueles que o precederam e abrindo caminho aos pontífices que vão sucedê-lo.

- Atenção à América Latina
Apesar da Igreja sempre ter sido uma organização internacional aberta para todo o mundo, a escolha de um líder vindo da América Latina mostra que ela entra definitivamente no contexto da sociedade globalizada. Isto é, onde os líderes podem estar em qualquer lugar, inclusive nos países considerados de 3º mundo.

Fonte: g1.com.br

quarta-feira, 13 de março de 2013

FRANCISCO I é o novo papa da Igreja Católica


O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o novo Papa.

Ele escolheu o nome Francisco I.

É o Papa de número 266 da Igreja Católica.

Os 115 Cardeais anunciaram a escolha do novo Pontífice nesta tarde às 15h05, horário do Brasil, com a fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina no Vaticano.

O cardeal francês, protodiácono, Jean-Louis Tauran surgiu à janela da Basílica de São Pedro, às 16h10, horário do Brasil, para anunciar o nome do sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado no último dia 11 de fevereiro.

O anúncio foi feito em latim, traduzido em português:

‘Anuncio-vos uma grande alegria, temos Papa: o Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal da Santa Igreja Romana Jorge Mario Bergoglio, que escolheu o nome Francisco I.

O Papa concedeu a bênção apostólica ‘Urbi et Orbi’; seu primeiro ato público como Papa.

A decisão foi tomada depois de cinco votações realizadas pelos cardeais, uma ontem à tarde e outras quatro efetuadas hoje (duas de manhã e mais duas nesta tarde).


CONHEÇA O PAPA FRANCISCO I


O Cardeal Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, no dia 17 de dezembro de 1936, tem 76 anos.

É o primeiro papa latino-americano, sacerdote da Companhia de Jesus, conhecido como Jesuítas e arcebispo de Buenos Aires, na Argentina desde 1998.

Foi criado cardeal no Consistório de 2001 e foi eleito Papa no segundo Conclave do qual participou.

Estudou e se diplomou como técnico químico. Ingressou no seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958 passou ao noviciado da Companhia de Jesus. Em 1960, obteve a licenciatura em Filosofia no Colégio Máximo São José, em San Miguel. De 1967 a 1970 cursou Teologia no Colégio Máximo de San Miguel. Foi ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano.

Foi ordenado bispo no dia 27 de junho de 1992, pelas mãos de Antonio Quarracino, Dom Mario José Serra e Dom Eduardo Vicente Mirás.

Foi criado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.

Na Santa Sé, é membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para o Clero, para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; do Pontifício Conselho para a Família e da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Fumaça branca: novo Papa é escolhido

Na 5ª votação do conclave, fumaça branca saiu da chaminé do Vaticano


segunda-feira, 11 de março de 2013

Mulher, um ícone da graça

Uma das acusações preferidas dos detratores da Igreja reside na velha questão sobre a não admissão de mulheres ao sacerdócio. Não basta à mulher ser a escolhida para Mãe de Deus, não basta à mulher ser a primeira a anunciar a ressurreição de Cristo. Para eles, a humildade da Igreja de reconhecer a impossibilidade do sacerdócio feminino é autoritarismo e misoginia, enquanto que a arrogância da ideologia de gênero em modificar a própria natureza humana por claros fins ideológicos é vista como progresso e justiça. Não é preciso muito esforço para se perceber a falsidade ideológica desses discursos, mas, por outro lado, há ainda quem lhes dê atenção.

A lista dos postulantes da ordenação feminina é imensa. Versa desde os simples leigos aos teólogos, e, às vezes, até mesmo clérigos mais respeitados, sobretudo pela mídia liberal. Após a renúncia do papa, então, a balbúrdia em torno do assunto ganhou contornos há tempos não vistos. Tudo alavancado pela imprensa na ânsia de, possivelmente, arrancar do novo pontífice o indulto para suas pretensões. A coisa ficou ainda mais estapafúrdia depois de a polícia italiana - corretamente, vale frisar - ter detido uma "sacerdotisa" excomungada que protestava na Praça de São Pedro, nesta quinta-feira, 07/03, pelo "direito" das mulheres serem ordenadas.

Não é preciso dizer que a discussão sobre a ordenação de mulheres é um caso encerrado para a Igreja Católica. O Beato João Paulo II, durante uma das cerimônias mais solenes de seu pontificado, foi muito incisivo quando afirmou "que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja". As pessoas que ainda insistem em discutir essa questão não devem ser levadas a sério. Ainda mais quando se observa que esse clamores vêm precisamente de grupos que estão mais ligados a ideologias e partidarismos políticos que a própria fé cristã.

Mas, se ainda resta alguma dúvida quanto ao assunto, nada mais oportuno que recordar a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem de João Paulo II sobre a dignidade e a posição da mulher dentro da Igreja. O beato lembra que um dos grandes escândalos de Jesus para os fariseus era, justamente, a sua forma de relacionar-se com as mulheres. "Ficaram admirados por estar ele a conversar com uma mulher" (Jo 4, 27). Isso é o suficiente para fazer cair por terra a hipótese surreal de que Cristo não teria conferido a ordenação para as mulheres por ter se adaptado aos costumes da época. Não se adaptar aos costumes farisaicos foi justamente o que rendeu a Cristo a sua crucificação. Ora, se fosse do Seu intuito criar o sacerdócio feminino Ele o teria feito.

Um outro aspecto importante a ser ressaltado é a maneira como alguns grupos feministas, os quais, se dizendo defensores dos direitos das mulheres pretendem ser os porta-vozes de todas. Será que as mulheres se vêem representadas por esses grupos? A resposta é não. Eles, de maneira alguma representam os anseios, a moralidade e os costumes da maioria das mulheres espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Seu modo de agir, sua forma de protestar também não. Ou alguém ousará dizer que uma mulher que sai à rua seminua com faixas escandalosas nas quais ela mesma se define como "vadia" está defendendo a dignidade feminina?

O feminismo extremista, radicado nos últimos anos nas despudoradas "Marchas das Vadias", não só deturpou a imagem da mulher, como também a do homem. O resultado disso pode ser visto em cenas degradantes como as ocorridas na Universidade de São Paulo recentemente, em que feministas e rapazes nus se enfrentavam por causa de uma festa para calouros. Através da ideologia de gênero, a dignidade de ambos os sexos é posta abaixo de qualquer padrão de decência, ao mesmo tempo em que relações sem vínculos definitivos, promiscuidade e orgias são elevadas ao grau das grandes virtudes, as quais todos devem almejar. Sem mencionar ainda as indefensáveis bandeiras pelas quais esses grupos lutam, como por exemplo, a legalização do aborto e o controle da natalidade.

A teologia católica, por outro lado, sempre viu na mulher o tesouro da pureza e da santidade, da qual podia-se haurir o genuíno significado da dignidade humana. Não é por menos que a Igreja durante séculos incentivou o uso do véu, pois os cristãos cobrem aquilo que é santo. Santa Joana D´Arc, Santa Gianna Beretta, Santa Catarina de Sena e Santa Terezinha do Menino Jesus são alguns modelos da coragem, piedade e docilidade feminina, virtudes tão belas e ao mesmo tempo, tão difíceis de se encontrar, sobretudo nos últimos decênios.

Soma-se a tudo isso, a figura da Virgem Santíssima, a reunião de todas as graças em uma só criatura. Ela que é o espelho da justiça e o refúgio dos pecadores. A mãe de misericórdia que tem os olhos voltados para todos, sem distinção. A ave estrela do mar, a porta do céu. Aquela que avança como aurora e que traz aos cegos a luz. Mãe e Virgem destemida. Bem-aventurada por todas as gerações. Quem ousará dizer que nela não habita a verdeira liberdade e dignidade da mulher? Quem poderá lhe imputar a chaga da opressão? Quem se atreverá a levantar contra ela os horrores de uma vida infeliz por sua dócil e, não menos corajosa, submissão à vontade do Pai? Quem dirá que ela é menor perante Deus por não trazer no corpo o manto negro de uma veste sacerdotal? Quem?

Que a exemplo de Maria, as mulheres e os homens se recordem da figura feminina como um ícone da graça e da beleza divina.

sexta-feira, 8 de março de 2013

A Cátedra de São Pedro: Trono do Papa e símbolo da infalibilidade

Sentado em uma simples cadeira de carvalho, São Pedro presidia as reuniões da primitiva Igreja. Ao longo dos séculos, essa preciosa relíquia foi crescendo em valor e significado.

Nenhum transeunte parecia dar qualquer atenção àquele judeu de aspecto grave que subia com passo firme uma rua do Monte Aventino, em Roma, no ano 54 da Era Cristã.

Entretanto, poucos séculos depois, de todas as partes do mundo acorreriam a essa cidade imperadores, reis, príncipes, potentados e, sobretudo, multidões incontáveis de fiéis para oscular os pés de uma imagem de bronze desse varão até então desconhecido e quase desprezado pela Roma pagã. Pois fora a ele que o próprio Deus dissera: “Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19).

Sim, era o Apóstolo Pedro que retornava à Capital do Império para ali estabelecer o governo supremo da Santa Igreja.

“Saudai Prisca e Áquila”

Provavelmente o acompanhavam alguns cristãos, entre os quais Áquila e sua esposa Prisca, batizados por ele poucos anos antes. Na Epístola aos Romanos, São Paulo faz a este casal a seguinte referência altamente elogiosa: “Saudai Prisca e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus; pela minha vida eles expuseram as suas cabeças. E isso lhes agradeço, não só eu, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a comunidade que se reúne em sua casa” (Rom 16,3-5).

Irrigada pelo sangue dos primeiros mártires, a evangelização deitava fundas raízes nas almas e se difundia rapidamente por todo o orbe. Mas não existiam ainda edifícios sagrados para a celebração do culto divino, de modo que esta se fazia em residências particulares.

Assim, Áquila e Prisca tiveram o privilégio incomparável de acolher em seu lar a comunidade cristã. Ali São Pedro pregava, instruía, celebrava a Eucaristia. Dessa modesta casa governava ele a Igreja, por toda parte florescente, apesar dos obstáculos levantados pelos inimigos da Luz.

Era uma cadeira simples, de carvalho

Tomada de enlevo e veneração pelo Príncipe dos Apóstolos, Prisca reservou para uso exclusivo dele a melhor cadeira da casa. Nela sentava-se o Santo para presidir as reuniões da comunidade.

Após a morte do Apóstolo, essa cadeira tornou-se objeto de especial veneração dos cristãos, como preciosa evocação do seu ensinamento. Passaram logo a denominá-la de “cátedra”, termo grego que designa a cadeira alta dos professores, símbolo do magistério.

Era primitivamente uma peça bem simples, de carvalho. No correr do tempo, algumas partes deterioradas foram restauradas ou reforçadas com madeira de acácia. Por fim, foi ornada com alto-relevos de marfim, representando diferentes temas profanos.

Um altar-relicário

Há testemunhos e documentos suficientes para acompanhar sua história desde fins do século II até nossos dias.

Tertuliano e São Cipriano atestam que em seu tempo (fim do séc. II e início do séc. III) essa cátedra era conservada em Roma como símbolo da Primazia dos Bispos da urbe imperial.

Por volta do século IV, colocada no batistério da Basílica de São Pedro, era exposta à veneração dos fiéis nos dias 18 de janeiro e 22 de fevereiro. Durante toda a Idade Média ela foi conservada na Basílica do Vaticano, sendo usada para a entronização do Soberano Pontífice.

Em 1657 o Papa Alexandre VII encomendou ao escultor e arquiteto Bernini um monumento para exaltar tão preciosa relíquia. Empenhando todo o seu gênio, construiu ele o magnífico Altar da Cátedra de São Pedro, considerado por muitos sua obra-prima.

Nesse altar cheio de simbolismo, o mármore da Aquitânia e o jaspe da Sicília, sobre os quais se apóia o monumento, representam a solidez e a nobreza dos fundamentos da Igreja. As quatro gigantescas estátuas que sustentam a cátedra – representando Santo Ambrósio, Santo Agostinho, Santo Atanásio e São João Crisóstomo, Padres da Igreja Latina e da Grega – recordam a universalidade da Igreja e a coerência entre o ensinamento dos teólogos e a doutrina dos Apóstolos.No centro do altar foi colocada em 1666 a cátedra de bronze dourado dentro da qual se encerra, como num relicário, a bimilenar cadeira de São Pedro.

Símbolo da Infalibilidade papal

Nos documentos eclesiásticos, a expressão Cátedra de Pedro tem o mesmo significado de Trono de São Pedro, Sólio Pontifício, Sede Apostólica. Num sentido figurativo, equiparase ela a Papado e até mesmo a Igreja Católica.

Afirmaram os Padres do IV Concílio de Constantinopla (ano 859): “A Religião católica sempre se conservou inviolável na Sé Apostólica (…) Nós esperamos conseguir manter-nos unidos a esta Sé Apostólica sobre a qual repousa a verdadeira e perfeita solidez da Religião cristã”.

Nessa mesma época o Papa São Nicolau I pôde com inteira razão sustentar que “nos concílios não se reconheceu como válido e com força de lei senão aquilo que foi ratificado pela Sede de São Pedro, não tendo sido tomado em consideração aquilo que ela recusou”.

Em uma de suas cartas, São Bernardo usa a expressão “Santa Sé Apostólica” para se referir à pessoa do Papa e afirma que a infalibilidade é privilégio “da Sé Apostólica”.

Após a solene definição do dogma da Infalibilidade papal no Concílio Vaticano I, todos os católicos, eclesiásticos ou leigos, são unânimes em proclamar que o Papa é e sempre será isento de erro em matéria de fé e de moral, de acordo com as palavras de Jesus ao Príncipe dos Apóstolos: “Eu roguei por ti a fim de que não desfaleças; e tu, por tua vez, confirma teus irmãos” (Lc 22,32).

A Cátedra de Pedro é, o mais eloqüente símbolo dessa Infalibilidade, do Papado, da pessoa do Papa e da própria Santa Igreja de Cristo. Mais ainda, pois na Exortação Apostólica Pastores Gregis, Sua Santidade João Paulo II afirma que nela se encontra “o princípio perpétuo e visível, bem como o fundamento da unidade da fé e da comunhão”.

Por este motivo, para ela se volta nossa entusiástica admiração de modo especial no dia de sua Festa litúrgica, 22 de fevereiro.

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2005, No. 38, págs. 32 e 33.

Obra de Maria realiza Vigília neste sábado

Para refletir sobre os últimos dias de Jesus, antes de sua morte e ressurreição, a Comunidade Obra de Maria promove a Vigília Getsêmani, que acontece no próximo dia 09, a partir das 21h, no Centro de Evangelização Casa de Maria, Chácara 209 – Vila Cauhy – Núcleo Bandeirante.

Com o tema: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação" (Mateus 26,41), a vigília terá início no sábado com a Santa Missa e seguirá com Adoração ao Santíssimo Sacramento até as 6h do domingo, momento em que será celebrada a Santa Missa Dominical, encerrando o evento.

Segundo os coordenadores do evento, “eles organizaram a vigília levados pelo desejo de estar com Jesus, visando deixar a todos despertos, vigilantes e permanentes em oração”.

O encontro é aberto à comunidade e a entrada é gratuita.

Não deixe de participar!
Sua presença é indispensável!


O jardim Getsêmani

O nome desta vigília é bem diferente, porém significativo, já que Getsêmani é um jardim, no Monte das Oliveiras, em Israel, onde se acredita que Jesus, na noite anterior à sua crucificação, tenha feito orações com os seus discípulos.


Programação:

  • 21h – Santa Missa
  • 23h45 – Intervalo
  • 00h – Louvor e Animação
  • 01h – Adoração ao Santíssimo Sacramento
  • 04h30 – Intervalo
  • 05h – Santa Missa dominical
  • 06h – Encerramento


Informações:

Qual é a natureza do Papado?

Sabendo que Jesus Cristo quis escolher os Doze Apóstolos e, dentre eles, elegeu a Pedro como o 'primeiro', dando a ele a missão de 'apascentar as ovelhas' e afirmando que sobre ele edificaria a sua Igreja, nesta Resposta Católica, Padre Paulo Ricardo traçará o desenvolvimento do Papado ao longo da história da Igreja, mostrando como é que seu poder pode e deve ser aplicado.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Não há candidatos definidos antes do conclave, afirma Dom Odilo

Perfil do novo Papa é construído durante reuniões, disse à Rádio Vaticano.
Brasileiro é apontado como um dos favoritos para suceder Bento XVI.



O cardeal brasileiro Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, afirmou nesta terça-feira (5), em entrevista à Radio Vaticano, que não há nomes definidos à sucessão de Bento XVI antes do conclave – reunião secreta que elegerá o novo pontífice.

“Dizer que antes do conclave já se tenha os candidatos prontinhos faz parte da fantasia, mas não é a realidade do que realmente significa daqui para frente o trabalho do Colégio Cardinalício”, afirmou.

De acordo com ele, o conjunto de reflexões feitas durante as congregações – encontros pré-conclave – é que irá traçar o perfil do novo pontífice.

“No meio de todas essas considerações, vai se esculpindo também o perfil daquele que deve assumir o papel de sucessor de Pedro [...] os cardeais vão se reunir e, com muita transparência, fraternidade e senso de responsabilidade, vão fazer as reflexões sobre o que a Igreja precisa fazer daqui em diante”, afirmou.

A declaração de Dom Odilo ocorre em meio a notícias por parte da imprensa italiana de que o nome do Arcebispo de São Paulo tem sido cotado como forte candidato para suceder o Papa Emérito Bento XVI, que renunciou em 28 de fevereiro.

Os cardeais participaram nesta terça-feira (5) da terceira congregação geral, entre eles, 110 dos 115 eleitores que vão escolher o futuro pontífice. Os cardeais ainda não definiram a data do início do conclave.

Fonte: g1.com.br

terça-feira, 5 de março de 2013

Pastoral da Juventude de Brasília realizará Encontros de Formação de Lideranças

Tendo em vista as urgências pastorais da Igreja no Brasil, inspirada pelas celebrações dos 50 anos da realização do Concílio Ecumênico Vaticano II, motivada pela realização da Campanha da Fraternidade 2013 sobre a temática juvenil e da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil, percebe-se a necessidade de um processo formativo, o qual contribua para que jovens sejam evangelizadores/as de outros/as jovens na perspectiva da civilização do amor.

Com base nestes contextos, a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Brasília e o Centro de Formação Vida e Juventude realizarão ao longo do ano de 2013 o projeto “Encontros de Formação de Lideranças”.

Esse projeto se concretizará em oito etapas vivenciadas durante um final de semana por mês, de março a novembro, com o desejo de capacitar as lideranças juvenis eclesiais para uma atuação na comunidade eclesial e na sociedade num todo.

Os temas a serem estudados e aprofundados vão desde as relações interpessoais, mística e espiritualidade no seguimento a Jesus, liderança, vida em grupo até mediação de conflitos no contexto da liderança eclesial juvenil, entre outros.

A Pastoral da Juventude do DF conta com a participação da juventude da Arquidiocese de Brasília neste importante processo formativo e que com certeza potencializará a evangelização juvenil na realidade local, favorecendo que a juventude seja a cada dia mais sal e luz no mundo.

A primeira etapa acontecerá nos dias 22 a 24 de março e já estão com as inscrições abertas. As informações sobre as inscrições, certificação e taxas estão à disposição na página da PJ-DF no Facebook: www.facebook.com/PastoraldaJuventudeDF.


Informações:
Joaquim Alberto Andrade Silva
@joaquimaasilva
joaquimaasilva@hotmail.com
Skype: joaquimaasilva
Celular: (61) 9214-7664 (tim)
Pastoral da Juventude - www.pj.org.br

Cursilhos de Cristandade realiza 203º edição de retiro masculino

Com o objetivo de aprofundar a doutrina cristã, o Movimento Cursilhos de Cristandade realiza, entre os dias 14 e 17 de março, a 203ª edição do retiro masculino.

Segundo os organizadores, o evento é um curso vivencial, em regime de clausura, direcionado para todos que tem o interesse em conhecer a os princípios cristãos e que querem encontrar o objetivo de vida. “O novo alvo principal é aquela pessoa que batizou e sumiu da Igreja. Queremos resgatá-los”, afirmou.

Composto por palestras, ministradas por sacerdotes e leigos, momentos de oração, reflexão e plenárias, ao final de cada noite, o retiro será realizado em regime de clausura.

A concentração acontecerá a partir das 18h, em frente ao Santuário Nossa Senhora de Fátima, 906 Sul. De lá, um ônibus levará as participantes à sede do movimento, localizada no Park Way.

Já o encerramento está previsto para as 20h, do domingo, com a Santa Missa no Santuário Nossa Senhora de Fátima.

Os interessados devem entrar em contato com João, Marcelo, Jovelino ou Nenn por telefone ou email para realizar a sua inscrição.

No ato da inscrição, que deverá ser feita na Escola de vivência do Movimento, será cobrada uma ajuda de custo no valor de R$ 80,00, que auxiliará na cobertura das despesas com alimentação, estadia e transporte.

De acordo com João Antônio, Coordenador do Cursilho de Cristandade Masculino, as pessoas que estiverem muito interessadas e não tiverem dinheiro poderão negociar formas de pagamento. “Não podemos proibir que uma pessoa não participe de um curso desses porque não tem dinheiro. Mas tem que nos procurar e conversaremos direitinho”.

Venha participar!


Informações:
Cursilhos De Cristandade Masculino
Telefones:
  • 9269 0277- João Antônio (joaoantoniobsb@gmail.com)
  • 9601 3876 – Marcelo Lustosa (marceluslustosa@bol.com.br)
  • 9981 0863 / 3556 0863 - Jovelino (jovelinomadeiras@ig.com.br)
  • 9128 0101 / 3297 5186 – Nenn Costa (nenn.costa@gmail.com)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Sede vacante

Neste dia 28 de fevereiro de 2013, a partir das 20 horas em Roma (16h de Brasília), a sede de Pedro está vacante, com a renúncia do Papa Bento XVI ao supremo pontificado. Seu gesto histórico, profético e evangélico transmite grandes lições a cada um de nós, à Igreja e ao mundo.

No dia 11 de fevereiro próximo passado, ao ouvir que o Papa iria renunciar, minha primeira reação foi rezar, agradecendo a Deus o grande Pontífice que Ele havia concedido à Igreja, sobretudo pela riqueza de seu magistério. Em seguida, louvei a Deus pela coragem e humildade de Bento XVI.

Essa decisão de tão grande importância foi tomada com muito sofrimento, reflexão e oração. Com lucidez e coragem, Bento XVI afirma que, depois de ter examinado repetidamente a sua consciência diante de Deus, chegou à certeza de que suas forças, devido à idade avançada, já não eram mais idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino.

Próximo de completar 86 anos, com grande humildade, reconhece que “no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também o vigor, quer do corpo, quer da mente; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado”.

Esse gesto que impactou a Igreja e o mundo está também carregado de extraordinário sentido de fé. Bento XVI proclama o reconhecimento do Senhorio de Jesus Cristo, pois é Ele quem conduz a Igreja, como seu verdadeiro Pastor, na força do Espírito Santo. Ele se reconhece como humilde servidor da vinha, como afirmou em sua primeira mensagem após a eleição para o supremo pontificado, no dia 19 de abril de 2005.

Convido o clero e todos os fiéis da Arquidiocese de Mariana a entrarem em clima de oração. Agradeçamos a Deus o pontificado de Bento XVI e imploremos ao Senhor que o reconforte com sua graça a fim de que seja fecundo esse tempo em que deseja servir a Santa Igreja de Deus numa vida consagrada à oração. Rezemos para que o Espírito Santo ilumine os Cardeais que irão eleger o novo Sumo Pontífice. Supliquemos ao Pastor Eterno que conceda à sua Igreja um pastor que com sabedoria conduza o rebanho, com solicitude vele por seu povo santo e com lucidez ajude o mundo a encontrar caminhos certos e seguros neste momento de grandes turbulências e incertezas para a humanidade.
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