Com a escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio para o cargo de líder da Igreja Católica, como Papa Francisco, a Igreja Católica entra numa fase de sua história, marcada por uma intenção missionária e pela reafirmação do caminho já trilhado por João Paulo II e Bento XVI.
- Jesuíta no Vaticano
A escolha de um jesuíta simboliza uma opção pelo caráter missionário da Igreja. Se você pensa em Bento XVI, com a escolha do nome Bento, mostrava seu desejo de trabalhar na reconstrução das bases do catolicismo, estando centrado na Europa e com foco na relação entre fé e cultura.
Escolher um papa jesuíta, e argentino, é o paradigma do processo de evangelização do novo mundo. A Companhia de Jesus construiu o catolicismo na América Latina com seu trabalho missionário. A escolha desse Papa tem um cunho simbólico de uma Igreja que agora vai para o mundo com um grande apelo missionário.
- O nome Francisco
A escolha do nome pode ter relação com dois grandes santos da Igreja: São Francisco de Assis, considerado o santo dos pobres, e São Francisco Xavier, um grande missionário que evangelizou o oriente.. Bergolio, no conjunto de seu episcopado na Argentina, foi um cardeal reconhecido por ter um grande trabalho social junto às favelas de Buenos Aires. É um papa com trabalho social, apontando para valorização da ação social da Igreja.
- A idade
Significa claramente que os cardeais gostaram da experiência de ter um Papa mais idoso à frente da Igreja (Bento XVI foi eleito com 78 anos em 2005). Isso sinaliza um papado curto. No entanto, não significa que é um Papa de transição. Temos que acabar com essa ideia de Papas de transição. Ele pode ter um pontificado curto, mas com uma missão específica, dando continuidade aos trabalhos daqueles que o precederam e abrindo caminho aos pontífices que vão sucedê-lo.
- Atenção à América Latina
Apesar da Igreja sempre ter sido uma organização internacional aberta para todo o mundo, a escolha de um líder vindo da América Latina mostra que ela entra definitivamente no contexto da sociedade globalizada. Isto é, onde os líderes podem estar em qualquer lugar, inclusive nos países considerados de 3º mundo.
Fonte: g1.com.br
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