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quinta-feira, 3 de agosto de 2006

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Padre Fábio de Melo lança novo CD. Confira!


Mais que uma homenagem. Uma volta às origens, às ruas de Formiga, de onde saiu aos 16 anos; às lembranças do pai, violeiro, de quem herdou o amor pela música; aos sons e tons que embalavam suas brincadeiras de menino... Ao comemorar dez anos como cantor, Padre Fábio de Melo, scj, surge com um CD intimista, “diferente de tudo o que produziu até agora, diferente do que costuma mostrar em shows, diferente do que canta”, resume, ao falar de Sou um Zé da Silva e outros tantos, seu mais novo trabalho pela Paulinas-COMEP. É uma ode à música de raiz, de tradição sertaneja, de resgate da cultura popular e de compositores que ele ouviu na infância, como Almir Sater, Renato Teixeira, Nonô Basílio...

Com 13 músicas e um poema, o CD traz canções já consagradas, como Romaria (Renato Teixeira), Mágoa de boiadeiro (Nonô Basílio/Índio Vago), Triste berrante (Adauto Santos) e Disparada (Geraldo Vandré/Theo de Barros), em arranjos que mesclam com maestria a simplicidade da música de viola com a sofisticação de instrumentos clássicos como o piano e o celo. Apenas Poesia sertaneja e Sou um Zé da Silva são de autoria de Padre Fábio, além do poema Deus é pai, uma bela homenagem ao pai. “Quis fazer um CD com algumas das músicas de compositores que me emprestaram a alma de compositor, que abriram caminho para minha musicalidade. Mesmo porque não há artista sem referências”, acredita.

As duas composições de sua autoria, todavia, são mais que suficientes para deixar transparecer a intensidade de sua trajetória como missionário, os seus anos de estrada. É possível sentir o pulsar da multidão que se mistura em seu ser. A letra de Sou um Zé da Silva fala justamente do processo de feitura do ser humano, de alegrias e angústias de pessoas com as quais cruzou pelo caminho. “Ninguém passa incólume a tantas experiências de dor, alegrias, frustrações”.

Ao revelar boa parte dessa vivência, sua voz surge mais grave, distinta dos demais trabalhos. “Voltei às origens dos meus dons. A música intimista permite uma verdade maior. Neste CD, em nenhum momento, arrisquei tons que não eram meus. Cada vez que escuto este CD me sinto mais verdadeiro”, diz. O motivo também é simples. Cada música condensa em si um intenso poder de memória afetiva, reporta a um tempo da vida e fala de experiências, de caminhos já trilhados muito comuns a todos nós, e com uma beleza sem medida, mas com a força e a sutileza na intensidade certa. Além das 13 canções e um poema, o CD também traz uma faixa interativa, com cifras, partituras, discografia, etc.

fonte: cdcristao.com

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