Jesus tem atraído muita atenção nos últimos anos. Não tanto a figura religiosa, mas, sua vida particular, suas relações familiares e, principalmente, supostas provas históricas dos acontecimentos narrados na Bíblia. O mais novo capítulo na saga é The Lost Tomb of Jesus (A Tumba Perdida de Jesus), documentário produzido pelo cineasta James Cameron para o Discovery Channel.
Anunciado ontem com estrondo por Cameron, o documentário mostra alguns ossários, parte de um grupo de dez, encontrados em 1980 durante a construção de um edifício no sul de Jerusalém. Várias das caixas feitas em pedra trazem inscrições que indicam que os restos mortais em seu interior pertenciam a Yeshua bar Yosef (Jesus, filho de José), Maria, Maramene e Mara (nomes escritos em grego e ligados a Maria Madalena), Yose (um provável irmão de Jesus), Matia e Judas, filho de Jesus.
O documentário foi dirigido pelo canadense Simcha Jacobovici, que chamou os achados de "descoberta arqueológica do milênio" na coletiva de imprensa que apresentou o documentário e mostrou aos jornalistas dois dos dez ossários. Esta é a segunda viagem de Jacobovici à vida familiar de Jesus. Em 2003 ele apresentou Tiago, Irmão de Jesus, baseado também num ossário encontrado em Jerusalém e que teria a inscrição "Tiago, filho de José, irmão de Jesus". Especialistas logo disseram que parte da inscrição era falsa e teria sido feita em tempos mais recentes.
Em 2005 o governo israelense acusou cinco suspeitos de forjarem a inscrição no ossário, que foi exibido para milhares de visitantes no Royal Ontario Museum, em Toronto. Dan Bahat, arqueólogo da Universidade Bar-Ilan, diz não acreditar que o ossário de Tiago saiu da mesma tumba onde foram encontradas as outras caixas mostradas no documentário. Na opinião do cientista, diante de uma tumba com as dez caixas com tal seleção de nomes, um falsificador teria escolhido o ossário que traz o nome Jesus.
A alegação de que o túmulo mostrado no documentário pertence à família de Jesus é contestada por vários historiadores, entre eles o Dr. Shimon Gibson, um dos responsáveis pela descoberta da tumba em 1980. O arqueólogo Amos Kloner diz que os ossários, na verdade, pertencem a uma família judia de classe média do primeiro século antes de Cristo, cujos nomes seriam similares aos de Jesus e seus familiares. Em entrevista à Reuters, Kloner disse que não acredita que a família de Jesus tivesse uma tumba em Jerusalém, pois era pobre e vivia em Nazaré. Os nomes Yeshua, Yosef e os demais encontrados na tumba seriam bastante comuns na época entre os judeus.
Cameron e Jacobovici dizem que as chances de esses nomes estarem juntos no mesmo túmulo são de uma em 600, e prometem sacudir a crença de milhões de pessoas que acreditam que Jesus ressuscitou e ascendeu aos céus - não tendo, portanto, um corpo a ser encontrado.
Após a descoberta, em 1980, os ossos encontrados na tumba foram novamente enterrados de acordo com a tradição ortodoxa, deixando apenas as caixas com as inscrições e resíduos para serem testados. Testes de DNA, no entanto, não provariam a identidade da família, já que não há com quem comparar os resultados. Os especialistas defendem que as alegações de Cameron e Jacobovici são um golpe de marketing para atrair audiência para o documentário e para o livro que estão lançando, The Jesus Family Tomb (A Tumba da Família de Jesus).
O documentário será exibido pelo Discovery no dia 4 de março e pela Vision TV do Canadá no dia 6.
Tem gente que teima em querer apresentar alguma coisa contra JESUS.
ResponderExcluirCoitado dessas pessoas.
Fiquem na PAZ.