Neste domingo, 5, o Papa Bento XVI realizou a oração do Ângelus, na Praça São Pedro, no Vaticano. O apelo contra guerras e perseguições foi a marca do seu discuros: “Violência, injustiça e ódio continuam a fazer escorrer ‘sangue humano’ em muitas regiões do mundo, enquanto a ‘vida é sagrada e pertence unicamente a Deus’ e a única resposta ao mal, segundo o ensinamento de Cristo, não é fazer o mal, mas praticar o bem”.
Na base de suas palavras e recorrendo à liturgia precedente ao Concílio Vaticano II, quando o primeiro domingo de julho era dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, Bento XVI recordou o sangue da Aliança, citado no livro do Êxodo, e a frase repetida por Jesus na Última Ceia, segundo o Evangelho de Mateus.
"Sangue de Cristo, e não de animais, como no Antigo Testamento, derramado para salvar a humanidade e doar-lhe a vida eterna". Em seguida, o Papa recordou o sangue de Abel, morto pelo irmão Caim, que “grita ao Deus da Terra”:
“Infelizmente, ainda hoje, continua a escorrer sangue humano por causa de violências, injustiças e ódios. Quando aprenderão os homens que a vida é sagrada e pertence unicamente a Deus? Quando compreenderão que somos todos irmãos? Ao grito pelo sangue derramado, que ressoa de tantos lugares da terra, Deus responde com o sangue de seu Filho, que doou a vida por nós”.
“Este amor pode ser sentido por todo homem, que mesmo em condição de extrema miséria moral, pode dizer: Deus não me abandonou, mas me ama, deu sua vida por mim e, assim, pode reencontrar a esperança”, concluiu Bento XVI.
Após sua alocução, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Fica aí a pergunta: Quando compreenderão que somos todos irmãos?
=D
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