Todos nós guardamos muito vivo no coração o muito que aprendemos com determinadas pessoas que foram de uma importância impar nas nossas vidas. Sejam aqueles conselhos simples ou aquelas orientações fundamentais que nos ajudaram a tomar decisões importantes na vida, em algum momento da nossa história. São pessoas inesquecíveis não somente na memória, mas no coração porque cultivamos aquele sentimento de gratidão. Lembrar delas com uma prece é nosso desejo de que sejam felizes onde quer que estejam, é o mínimo que podemos fazer. Tão bem traduz isso Santo Agostinho ao dizer que a “gratidão é a memória do coração”.
O contrário da gratidão é a ingratidão. Também nós conhecemos este sentimento que dilacera o nosso coração, os pais que o digam, especialmente depois que os filhos crescem, conquistam suas metas, realizam seus sonhos, tornam-se independentes. Certo dia em visita a um determinado abrigo para idosos uma senhora me dizia em lágrimas, após eu perguntar se ela tinha família: “Tenho três filhos casados e bem sucedidos. Moram em São Paulo. Meu marido morreu e eu fiquei sozinha, sem aposentadoria e doente. Hoje moro aqui nesta casa, graças a Deus. Meus filhos sabem que estou aqui, mas nunca me visitaram, pois dizem que são muito ocupados. Fiz tudo por eles porque os queria felizes, mas não compreendo o fato de terem me abandonado”. Confesso, minhas lágrimas foram inevitáveis ao ouvir essa confissão, o que é comum para tantas pessoas idosas. Lembrei-me das palavras do padre Ranniero Cantalamessa: “A ingratidão chega a ser demoníaca”.
As palavras das Sagradas Escrituras devem muito nos levar a uma reflexão que proporcionem a mudança de mentalidade e a conversão do nosso coração: “Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida, a caridade feita a teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação” (Eclo 3,3-7.14-17a).
Deus nos conceda a graça de vivermos sempre a gratidão. Costumamos considerar as pessoas boas depois que elas morrem, quando deveríamos aprender a elogiar as pessoas e dizer o quanto elas são importantes para nós hoje, enquanto estamos juntos. Somos sempre prontos para as críticas e os comentários às fraquezas dos outros, mas elogiamos pouco e nossas palavras acabam não edificando como deveriam. Não deixemos de dizer para as pessoas que são importantes nas nossas vidas do quanto as amamos e o quanto somos mais felizes por elas existirem. Isso certamente nos arrancará de muitas prisões do corpo e da alma. Saibamos expressar o amor de forma simples pelas pessoas, mesmo que elas não nos retribuam como gostaríamos. Grande sabedoria é acolhermos a forma única que cada um tem de amar e expressar esse amor.
Acima de tudo, não abandonemos as pessoas, de forma especial, os nossos pais. Mesmo que eles tenham tantas fraquezas e tenham deixado lacunas em nossas vidas no campo do amor, o fato de serem nossos pais biológicos já nos faz ter para com eles uma dívida de gratidão porque para Deus não há acidente. Tudo o que Deus faz é bom! A gratidão é uma maneira simples e ao mesmo tempo profunda, autêntica, de viver o amor.
O contrário da gratidão é a ingratidão. Também nós conhecemos este sentimento que dilacera o nosso coração, os pais que o digam, especialmente depois que os filhos crescem, conquistam suas metas, realizam seus sonhos, tornam-se independentes. Certo dia em visita a um determinado abrigo para idosos uma senhora me dizia em lágrimas, após eu perguntar se ela tinha família: “Tenho três filhos casados e bem sucedidos. Moram em São Paulo. Meu marido morreu e eu fiquei sozinha, sem aposentadoria e doente. Hoje moro aqui nesta casa, graças a Deus. Meus filhos sabem que estou aqui, mas nunca me visitaram, pois dizem que são muito ocupados. Fiz tudo por eles porque os queria felizes, mas não compreendo o fato de terem me abandonado”. Confesso, minhas lágrimas foram inevitáveis ao ouvir essa confissão, o que é comum para tantas pessoas idosas. Lembrei-me das palavras do padre Ranniero Cantalamessa: “A ingratidão chega a ser demoníaca”.
As palavras das Sagradas Escrituras devem muito nos levar a uma reflexão que proporcionem a mudança de mentalidade e a conversão do nosso coração: “Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida, a caridade feita a teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação” (Eclo 3,3-7.14-17a).
Deus nos conceda a graça de vivermos sempre a gratidão. Costumamos considerar as pessoas boas depois que elas morrem, quando deveríamos aprender a elogiar as pessoas e dizer o quanto elas são importantes para nós hoje, enquanto estamos juntos. Somos sempre prontos para as críticas e os comentários às fraquezas dos outros, mas elogiamos pouco e nossas palavras acabam não edificando como deveriam. Não deixemos de dizer para as pessoas que são importantes nas nossas vidas do quanto as amamos e o quanto somos mais felizes por elas existirem. Isso certamente nos arrancará de muitas prisões do corpo e da alma. Saibamos expressar o amor de forma simples pelas pessoas, mesmo que elas não nos retribuam como gostaríamos. Grande sabedoria é acolhermos a forma única que cada um tem de amar e expressar esse amor.
Acima de tudo, não abandonemos as pessoas, de forma especial, os nossos pais. Mesmo que eles tenham tantas fraquezas e tenham deixado lacunas em nossas vidas no campo do amor, o fato de serem nossos pais biológicos já nos faz ter para com eles uma dívida de gratidão porque para Deus não há acidente. Tudo o que Deus faz é bom! A gratidão é uma maneira simples e ao mesmo tempo profunda, autêntica, de viver o amor.
Antonio Marcos
Missionário na Comunidade de Vida Shalom
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