O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, comentou a assinatura do acordo "Start 2"para a redução das armas nucleares, nesta quinta-feira, 8, no Castelo de Praga.
Assinaram o acordo os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev, na mesma sala onde, poucos meses atrás, Bento XVI falou às autoridades políticas e ao Corpo diplomático na República Tcheca.
Na ocasião, o Papa recordou a queda dos muros 20 anos atrás e disse: "As aspirações dos cidadãos e as expectativas depositadas nos governos exigiam novos modelos na vida pública e de solidariedade entre nações e povos, sem os quais o futuro de justiça, de paz e de prosperidade, muito aguardado, teria permanecido sem resposta".
"Nesse sentido, o Start 2 é uma boa notícia", afirma padre Lombardi, "porque se supera uma situação de impasse, se retoma o caminho rumo à redução e, se espera, à eliminação dos arsenais bélicos."
No acordo, as ogivas são limitadas a 1.550 e os foguetes a 800: 30% a menos do que os limites de 2002. "São sempre suficientes para destruir o nosso planeta, mas são mais reduzidos em relação ao período de acúmulo sem limites, inútil e ilógico. Falar justamente de paz, de confiança e de solidariedade quando ainda existem milhares de ogivas nucleares potentíssimas, é provavelmente muito otimista, mas se trata do caminho justo, e é urgente prosseguir nele."
Para padre Lombardi, com este acordo se torna mais crível falar de não-proliferação nuclear aos Estados com esse tipo de ambição, e será possível destinar recursos econômicos, científicos e humanos às necessidades mais urgentes da humanidade e do seu desenvolvimento. "Todo esforço nesta direção deve ser encorajado, e a Igreja sempre apoiará os agentes de paz."
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