Ratzinger é um amante da cultura e da música erudita, mas alertou para perigos do rock e de alguns livros.
O que é que o feiticeiro Harry Potter dos livros de J. K. Rowling e o cantor Bob Dylan têm em comum? Nem um nem outro são figuras queridas pelo Papa Bento XVI. Pelo contrário. Em ambos os casos, o Sumo Pontífice da Igreja Católica deixou claro que os fiéis devem olhar com desconfiança para estes novos "profetas".
E apesar de ser cuidadoso com as palavras, mesmo antes de ser Papa, Joseph Ratzinger tem também as suas "embirrações" e alertou os católicos para os perigos do que podem parecer à partida distracções inofensivas.
Aliás, a sua imagem de conservador deve tanto às posições que assumiu sobre temas que dividem a Igreja - opõe-se à contracepção, apoia o celibato do clero e é contra a ordenação de mulheres - como a pequenas chamadas de atenção que foi fazendo sobre a música e as estrelas rock .
Assim, quando foi escolhido para suceder a João Paulo II, em 2005, o cardeal era muitas vezes apelidado de "grande inquisidor", por ter sido o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por manter a pureza da Igreja. Ou também apelidado de um menos simpático "rottweiler de Deus".
E se nos primeiros meses houve um esforço, por parte do Vaticano, para suavizar essa imagem, houve palavras que voltaram para o assombrar. Como as que tinha escrito a uma autora alemã que lhe enviou um livro em que criticava a saga da escritora J. K. Rowling sobre o pequeno feiticeiro.
"É bom que elucide as pessoas sobre Harry Potter, porque são subtis seduções que passam despercebidas e distorcem profundamente a alma do cristianismo, antes que esta possa crescer", respondeu Ratzinger à sua compatriota.
A carta foi tornada pública quando o cardeal já era Papa e tornou-se num ponto de batalha entre os católicos que condenam a saga pelo seu tema - a feitiçaria - e aqueles que gostam e defendem que este best-seller é sobretudo sobre a batalha entre o bem e o mal.
Outro sucesso de vendas que o Vaticano criticou vivamente, desta vez por canais oficiais, foi o Código Da Vinci, de Dan Brown. Bento XVI ainda não era Papa mas sabe-se que tinha uma posição fundamental nas decisões, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Foi sob a direcção do cardeal Bertone que o Vaticano lançou uma verdadeira campanha para esclarecer o que considerava serem noções erradas e insultuosas para a fé cristã que o livro propagava.
Bertone foi mais tarde a escolha de Bento XVI para secretário de Estado do Vaticano, o segundo cargo mais importante na hierarquia da Igreja Católica.
Sendo um melómano, a sua condenação da música rock, que considerou um "poderoso veículo de anti-religiosidade", foi outro aspecto que assustou alguns fiéis.
Aos católicos fãs de música rock ou heavy metal resta-lhes o consolo daquelas palavras terem sido ditas antes de Ratzinger ser Sumo Pontífice e portanto não se lhes aplicar a "infalibilidade papal", ou seja, o dogma da teologia católica que diz que o que Chefe da Igreja define em matéria de fé ou moral está sempre correcto.
Por outro lado, e apesar de todos os esforços, o primeiro ano do papado de Bento XVI ficou marcado por uma série de desastres de relações públicas, sobretudo no relacionamento com outras grandes religiões.
Acho q precisamos analisar com carinho tais considerações...
ResponderExcluirPosso aqui tá até gerando um sentimento de repulssa por parte de alguns leitores... mas, como estamos em um ambiente democrático onde todas as opiniões são válidas... manifesto a minha sempre...
Acho que as últimas manifestações do Papa Bento tem sido no mínimo questionáveis e contraditória... seja, esta q publicamos sejam as diversas sobre pedofilia e os mais diversos assuntos...
Inicialmente até para q a Igreja a sua comunidade não sentisse tanto a falta do carisma de JPII ele se mostrou carismático, moderno e um bom velhinho.... hj não sei se tanto, após alguns anos de papado o Papa Bento, a qual estimo a sua intelectualidade, tem gerado opiniões conflituosas, e em minha singela opinião um tanto quanto retrogadas, já q apesar do tradicionalismo vigente a Igreja Católica evoluiu muito no papado de JPII...
O princípoio fundamental para um bomn amante de cultura é o respeito as outras culturas....
espero em Deus, q esse verdadeiro desastre q tem acometido as posições papais nos ultimos meses... sejam perpassados para a glória divina... e para a modernidade necessária para fortalecermos a Igreja como um ambiente democrático e de todos os cidadãos....
abrs
Flávio concordo plenamete...
ResponderExcluira igreja tá precisando de pessoas q agreguem e não o contrário... a igreja precisa de pessoas q saibam reconhecer seus erros... e não o contrário....
assino embaixo ae com tudo q vc escreveu