Bíblia Sagrada – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Bom dia!
A metodologia e andragogia (forma de ensinar adultos) são bem nítidas no evangelho de hoje. Pergunte-se: quantas vezes ao lê-lo apenas vi o milagre sobre a febre da sogra de Pedro, mas passou despercebido o processo para obtenção da graça?
Um parêntese (…): VEMOS O QUEREMOS QUE SEJA VISTO. Esse fato é muito comum. Sei que muito mais que uma organização das informações que recebemos e temos pelo nosso cérebro, às vezes conscientemente abandonamos outras informações para selecionamos o que desejamos ver, ouvir e até ler.
Voltando… Repare nas linhas desse evangelho a suave e bem conduzida metodologia de Jesus: Ele CHEGOU PERTO , SEGUROU A MÃO dela eAJUDOU-A A SE LEVANTAR. A FEBRE SAIU da mulher, e ELA COMEÇOU A CUIDAR DELES.
De fato, Jesus se aproxima, nos segura pela mão, ajuda-nos a levantar então a redenção acontece, a febre, o desanimo, o temor partem e de certa forma a pessoa resgatada passa a entender (caem as escamas dos olhos) que passou a ter um compromisso para que outros também se ergam.
Como ler isso e não sentir-se amado e também um pouco de pesar pela nossa ingratidão? Quantas pessoas, bem definidas por São Tiago, pedem mal, andam pelo mundo doentes, cabisbaixos, repletos de vaidades, orgulhos e de cobiça, debulhando-se em crendices e falsa fé (…); não querem entender que Jesus primeiro oferece a mão para vê-los de pé, mas se vêem interessados somente pela cura da febre, o carro novo, o apartamento novo…
Como poderemos sustentar a carga que o mundo nos oferece se estivermos debilitados pela doença que nos paralisa e vicia chamada ganância, orgulho, vaidade? O que adianta mudar por fora, se rodear de bens visíveis e ostentáveis se vivo aquela música do Moacir Franco que diz: “SE POR DENTRO EU NÃO MUDO”?
Muitos não conseguem ver que são a grande prioridade para Deus e o Senhor bem sabe o que cada um precisa. Outros, porém perderam um pouco o zelo, esquecem que para continuar avançando precisam dessa aproximação de Jesus em suas vidas. Esse é um fato comum após quinze ou vinte anos a frente de uma obra, de uma pastoral, de um movimento.
Outros, porém ainda não conseguem ver ou sentir o vinculo que temos ou precisamos ter com os outros. Talvez não tenham culpa de verem a vida dessa maneira, pois assim foram criados e acostumados, no entanto uma boa parcela deles vive assim de vontade própria e conscientemente. Odeiam regras, não se adaptam a sistemas de trabalho onde não podem impor suas regras; tentam transformar o pensamento das pessoas para de certa forma atende-las; são inteligentes e sabem manipular as pessoas pela emoção.
Santo Agostinho tem uma frase muito interessante sobre isso: “DOIS HOMENS OLHARAM ATRAVÉS DAS GRADES DA PRISÃO; UM VIU A LAMA, O OUTRO AS ESTRELAS”; Algumas pessoas têm maior facilidade de reerguer-se, de compreender, de acatar, pois sua fé em Deus a nutri dia-a-dia; outras, porém se apegam em coisas materiais, no sofrimento e em futilidades
A cura não vem para aquele que mantém o coração fechado ao passo a passo de Deus. João Paulo II disse certa vez: “A PIOR DAS PRISÕES É UM CORAÇÃO FECHADO”.
Vemos algumas delas em nossas comunidades, no trabalho, na faculdade, em cargos de liderança ou de grande influencia. Por ter seu mundo seus próprios umbigos talvez inconscientemente também façam de Deus alguém que deva agradá-los, pois são capazes de trocar de igreja (de bairro para outro) ou credo (católicos que se tornam evangélicos ou vice – versa) como se trocassem de roupa se forem contestadas ou não contempladas.
Uma coisa é certa… Elas pedem muito. E como pedem. E depois, será que fazem?
Como bem vimos, a fase inicial da graça é a aproximação de Jesus para nos estender a mão e nos ver levantar. Precisamos deixar nossa vida nas mãos de Deus, pois de fato Ele sabe o que precisamos. Pedir sim, mas assumindo nossa parte após a redenção.
Reflita esse pensamento:
“(…) Animados deste espírito de fé, conforme está escrito: Eu cri, por isto falei (Sl 115,1), também NÓS CREMOS, E POR ISSO FALAMOS. Pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará também a nós com Jesus e nos fará comparecer diante dele convosco. E tudo isso se faz por vossa causa, para que a graça se torne copiosa entre muitos e redunde o sentimento de gratidão, para glória de Deus “. (II Coríntios 4, 14-15)
Se realmente creio, ando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário