Bíblia Sagrada – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Bom dia!
Escrevi esse texto ano passado, mas como ele ainda é atual…
(…) Alguém já teve a impressão de estar fazendo algo de bom, mas parecer que existe alguém “torcendo contra”? Que por mais que se dedique a fazer algo o mais perfeito que possível, essa pessoa sempre encontrará defeitos? Por que isso acontece? O que motiva alguém a buscar defeitos, erros, tropeços ou falhas?
Certa vez num CURSO PARA LÍDERANÇAS, o palestrante escreveu em um quadro seis contas de adição, pedindo para que descrevêssemos o que estávamos vendo. Um rapaz rapidamente levantou a mão e disse sem pestanejar que uma das contas estava errada. Sim, era verdade! Dentre as contas uma tinha o seu resultado feito de forma errada. O rapaz se sentiu o “tal”, como diria em Cuiabá “até fôfo”, mas o palestrante voltou a perguntar o que víamos. Já que o rapaz já havia respondido, por que ele insistia?
Na verdade fomos nós que não entendemos a pergunta. O palestrante questionou o que víamos e não qual conta estava errada. Ele nos apresentou uma dura reflexão: SE HAVIAM CINCO CONTAS CORRETAS POR QUE É QUE SÓ NOTAMOS A ERRADA?
Repare o que acontecia no evangelho de hoje: “(…) Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum… MUITAS PESSOAS FORAM ATÉ LÁ, e ajuntou-se tanta gente, que não havia lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta… ALGUNS MESTRES DA LEI QUE ESTAVAM SENTADOS ALI começaram a pensar: “O que é isso que esse homem está dizendo…?”
A dura reflexão do palestrante casa-se com o cenário do evangelho de hoje. Os mestres da lei estavam ali, ouvindo e esperando por um “deslize” do Senhor para poder condená-lo. Como é duro imaginar que alguém deixa de ouvir tamanha e profunda sabedoria, para como o rapaz do curso, sentir-se vencedor, melhor, mais ágil, “o correto”… É duro, mas esse evangelho se repete muitas e muitas vezes…
Temos irmãos e irmãs que não se lembram de nenhuma das leituras da missa, mas repararam a roupa decotada daquela moça da catequese; pessoas que sabem mais da vida dos nossos filhos que nós mesmos, mas não sabem nada da vida dos seus; que são ásperos em suas criticas, mas não mudam uma vírgula da sua própria conduta; pessoas que depositam suas frustrações, insucessos e tristezas nos outros, por não conseguir ver a raiz da inveja que alimentam, (…).
“(…) NO MESMO INSTANTE JESUS SOUBE O QUE ELES ESTAVAM PENSANDO E DISSE: POR QUE VOCÊS ESTÃO PENSANDO ESSAS COISAS?”.
Psiquiatras, psicólogos e estudiosos trazem a nosso entender que esse comportamento esta associado a frustrações pessoais de quem tece o duro comentário; que a maioria de nós fomos acostumados a super valorizar os erros e pouco aos acertos; que procurar defeitos podem gerar satisfação e o pior é que eles são atos normais. Geram um estranho sentimento de superioridade sobre o oprimido, mas na verdade tentam ocultar o medo.
Os mestres da lei queriam a morte de Jesus, pois O temiam. Alguém tão doce e sábio, que não se rendia por prazeres ligados ao poder e ao dinheiro era por demais perigoso. Por que morreram Chico Mendes e a Freira Doroty Stang e outros mártires? Que mal fizeram?
Duro de dizer que a insegurança e a inveja são coisas “normais”; que por mais que façamos o correto, eles estarão ali; que outros mártires da justiça ainda sofrerão por lutarem pelos outros e esquecerem-se de si, mas todo aquele que em meio as críticas e as injustiças permanecerem de pé, serão recompensado pela graça de Deus com os frutos.
“(…) Por conseqüência, meus amados irmãos, sede firmes e inabaláveis, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor. Sabeis que o vosso trabalho no Senhor não é em vão”. (I Coríntios 15, 58)
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