Neste ano de 2013, neste jubileu de 50 anos da Campanha da Fraternidade, a Igreja no Brasil indica-nos o tema: “Fraternidade e Juventude” e o lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8). Como podemos notar, a Campanha será, certamente, um singular momento de reflexão sobre o jovem de hoje que vive as rápidas mudanças de época do mundo atual e, por isso, o objetivo geral da CF/2013 é: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2013, página 8). É importante ressaltar que a Campanha será uma preparação imediata para a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, em julho deste ano. Por conseguinte, a Campanha será para todos, em especial os jovens, um convite a sermos fiéis discípulos missionários de Jesus. Será ainda, um tempo de serviço em favor da juventude.
Ao mesmo tempo, esta Campanha da Fraternidade será enriquecida pelos objetivos que buscamos alcançar na vivência do Ano da Fé, ou seja, renovação da fé e nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Para que esses objetivos sejam alcançados pelos jovens é preciso que a Igreja continue professando sua confiança e esperança no potencial criativo e renovador da juventude. Por outro lado, os jovens devem estar abertos aos desafios que a Igreja lhes apresenta em nome de Cristo: estudo do youcat, participação nos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, pertença a uma comunidade, serviço missionário em prol do resgate dos jovens batizados que estão afastados da Igreja e atualização do encontro pessoal com Jesus.
Quais são as consequências do encontro dos jovens com a Pessoa de Cristo? As melhores possíveis: jovens firmes na fé, jovens aprendizes da santidade, jovens testemunhas da Verdade, jovens profetas da esperança, jovens defensores do bem comum e belos jovens imitadores do Cristo. Esses são os jovens de que o mundo precisa. Esses são os jovens que queremos formar no dia a dia de nossas Paróquias e Comunidades. Para que isso ocorra, Cristo conta com o nosso envolvimento e participação nesta Campanha da Fraternidade, pois a escuta dos ideais da juventude é um necessário passo para a construção de um fecundo diálogo, visando a construção de um mundo novo.
Na construção deste diálogo, os jovens na Igreja devem aprender e professar que “só a virtude é um bem inalienável, e permanece durante a vida e depois da morte”. (São Basílio, “Ad Adolescentes, 5”.). Quando adquirem esta convicção, os jovens sentem sempre mais o nobre desejo de permanecer na escola de Cristo, vislumbrando as inúmeras possibilidades do mistério insondável da santidade, vivenciando novos aprendizados e fecundas lições. Na vigência desta Campanha da Fraternidade, na vivência da fé, os jovens do nosso país irão se assumir como protagonistas da missão evangelizadora, arautos da esperança. Pela fé, os nossos jovens irão reivindicar a abertura de espaços catequéticos para a formação contínua da juventude nas Paróquias, Escolas e Universidades. Pela fé, os nossos jovens irão se assumir como destinatários e protagonistas da Boa Nova de Jesus. Pela fé, eles irão, também, reconhecer a Igreja como uma comunidade de amor, que atrai, acolhe, orienta, perdoa e fortalece as pessoas na caminhada para Cristo, na procura do real sentido da vida.
Antes de concluir, nós podemos afirmar que a Campanha da Fraternidade deste ano de 2013 será um tempo propício para o acolhimento afetivo e efetivo dos nossos jovens. Será também um desafio para organizarmos uma pastoral bem organizada que oriente os jovens no conhecimento das Verdades cristãs. Será ainda um importante momento de preparação para a JMJ/Rio 2013, onde iremos contemplar os belos rostos entusiásticos dos jovens brasileiros, ouviremos suas vozes entoando inúmeras canções e perceberemos que os jovens são, hoje e sempre, fonte de testemunho de um verdadeiro amor à Igreja e a Jesus Cristo.
Finalizando, se soubermos acatar, com piedade e santidade, a proposta da Campanha da Fraternidade de 2013, ela será, indiscutivelmente, um belo momento para aprendermos a conhecer os jovens do século XXI, não somente como jovens inquietos e sonhadores, mas principalmente como jovens ousados, plenos de potencialidades e de riquezas, em quem nós reconhecemos o rosto de Cristo, o Deus que se fez Homem para nos ensinar a viver a vida de Deus.
Por Aloísio Parreiras
(Movimento de Emaús de Brasília)
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