Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Terça-feira, dia 02 de Fevereiro de 2010Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora dos Navegantes
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Bem-aventurado Guerric d'Igny : «Simeão tomou-O nos braços e bendisse a Deus»
Evangelho segundo S. Lucas 2,22-40.
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurado Guerric d'Igny (c. 1080-1157), prior cisterciense
1º Sermão para a Purificação (a partir da trad. cf SC 166, pp. 309ss.)
«Simeão tomou-O nos braços e bendisse a Deus»
«Tende na mão as vossas lâmpadas acesas» (Lc 12, 35). Mostremos assim, através deste sinal visível, a alegria que partilhamos com Simeão, que tem nas mãos a luz do mundo. [...] Sejamos ardentes pela nossa devoção e luminosos pelas nossas obras, e, com Simeão, levaremos Cristo em nossas mãos. [...] Hoje a Igreja tem o hábito tão belo de nos fazer levar velas. [...] Por conseguinte, quem é que hoje, tendo a sua vela acesa na mão, não se lembra do bem aventurado ancião? Nesse dia, ele tomou Jesus nos braços, o Verbo presente na carne, semelhante à luz na cera, testemunhando que Ele era «a Luz para se revelar às nações». É verdade que o próprio Simeão era «uma luz ardente e brilhante», que prestava homenagem à luz (Jo 5, 35; 1, 7). Foi por isso que ele veio ao Templo, conduzido pelo Espírito, do qual estava repleto, «para receber, ó Deus, a Tua misericórdia no meio do Teu Templo» (Sl 47, 10) e para proclamar que ela era a misericórdia e a luz do Teu povo.
Ó ancião cintilando de paz, não tinhas apenas a luz em tuas mãos, foste penetrado por ela. Tu estavas tão iluminado por Cristo, que vias antecipadamente como Ele iluminaria as nações [...], como resplandeceria hoje o brilho da nossa fé. Regozija-te agora, santo ancião; vê hoje o que tinhas entrevisto antecipadamente: as trevas do mundo dissiparam-se; «as nações caminham à Sua luz»; «toda a terra está repleta da Sua glória» (Is 60, 3; 6, 3).
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem-aventurado Guerric d'Igny (c. 1080-1157), prior cisterciense
1º Sermão para a Purificação (a partir da trad. cf SC 166, pp. 309ss.)
«Tende na mão as vossas lâmpadas acesas» (Lc 12, 35). Mostremos assim, através deste sinal visível, a alegria que partilhamos com Simeão, que tem nas mãos a luz do mundo. [...] Sejamos ardentes pela nossa devoção e luminosos pelas nossas obras, e, com Simeão, levaremos Cristo em nossas mãos. [...] Hoje a Igreja tem o hábito tão belo de nos fazer levar velas. [...] Por conseguinte, quem é que hoje, tendo a sua vela acesa na mão, não se lembra do bem aventurado ancião? Nesse dia, ele tomou Jesus nos braços, o Verbo presente na carne, semelhante à luz na cera, testemunhando que Ele era «a Luz para se revelar às nações». É verdade que o próprio Simeão era «uma luz ardente e brilhante», que prestava homenagem à luz (Jo 5, 35; 1, 7). Foi por isso que ele veio ao Templo, conduzido pelo Espírito, do qual estava repleto, «para receber, ó Deus, a Tua misericórdia no meio do Teu Templo» (Sl 47, 10) e para proclamar que ela era a misericórdia e a luz do Teu povo.
Ó ancião cintilando de paz, não tinhas apenas a luz em tuas mãos, foste penetrado por ela. Tu estavas tão iluminado por Cristo, que vias antecipadamente como Ele iluminaria as nações [...], como resplandeceria hoje o brilho da nossa fé. Regozija-te agora, santo ancião; vê hoje o que tinhas entrevisto antecipadamente: as trevas do mundo dissiparam-se; «as nações caminham à Sua luz»; «toda a terra está repleta da Sua glória» (Is 60, 3; 6, 3).
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