
Confira a entrevista com o supervisor Walter Gomes - da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª Vara da Infância e Juventude. Para ouvir, clique aqui.
O Vaticano apresentará nesta segunda-feira sua defesa no caso dos abusos sexuais cometidos por um sacerdote a um tribunal do Kentucky (leste dos Estados Unidos), com o argumento de que os bispos não podem ser considerados funcionários do Vaticano.
"Essa ação judicial tenta considerar que o bispo de Louisville (Kentucky) é um funcionário do papa. Eu digo que não é verdade", explicou Jeffrey Lena, que defende o Vaticano nos Estados Unidos, em entrevista por telefone à France Presse.
Três homens que afirmam ter sido vítimas de abusos sexuais há várias décadas consideram que o Vaticano deveria ser considerado responsável, já que o bispo de Louisville não denunciou os autores dos abusos.
No entanto, o Vaticano considera que as dioceses são entidades administradas de forma autônoma, e que sua autoridade sobre os bispos é somente de ordem religiosa.
"O papa não é um general que dá ordens às tropas. O papa não tem os poderes de um rei", argumentou Lena.
"Essa jurisdição nacional (americana) não é competente para julgar o Vaticano ou o papa, que é o chefe de Estado e o chefe da Igreja", afirmou, por sua vez, o diretor adjunto do serviço de imprensa do Vaticano, padre Ciro Benedettini.
Outros dois processos judiciais em curso, um em Wisconsin (centro do país) e outro no Oregon (oeste), tentam responsabilizar o Vaticano por casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes nos Estados Unidos.
Irlanda
Também hoje, o órgão encarregado da proteção da infância da Igreja Católica da Irlanda recebeu, em um ano, quase 200 novas acusações de maus-tratos cometidos por padres contra crianças.
Segundo o National Board for the Safeguarding of Children in the Catholic Church (NBSCCC), no ano concluído em 31 de março passado foi recebido um total de 197 acusações de maus-tratos, registrados em sua maioria nos anos 1950 e 1960.
As acusações estão relacionadas com 97 dioceses e 110 instituições religiosas, e 83 dos supostos autores já morreram.
Em novembro de 2009, o chamado informe Murphy, publicado depois de três anos de investigações, revelou como os chefes das dioceses de Dublin ocultaram abusos sexuais cometidos por padres e religiosos irlandeses contra centenas de crianças durante décadas.
Um ponto de jogo de bicho funciona há pelo menos 15 anos dentro da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Nesta sexta-feira (14) uma equipe da TV Globo gravou um apontador do jogo recolhendo apostas no local. “Estou aqui todo dia. Tô aqui há 15 anos, 20 anos. Tô aqui sentado no quarto mandato”, disse o apontador, identificado como Chicão, sem saber que estava sendo gravado.
O local escolhido pelo apontador do jogo –que só aceita apostas em dinheiro– fica ao lado de agências bancárias e em frente a uma banca de revistas. O dono da banca disse nunca ter visto nada. “Aqui? Vou falar pra vocês: se tivesse visto, eu realmente ia falar”, afirmou.
O presidente da Câmara, Wilson Lima (PR) –que ocupou interinamente o cargo de governador durante a prisão do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido)–, se disse “surpreso” com a denúncia e afirmou que vai apurar o caso.
“Vou determinar à Polícia Legislativa que tome as providências imediatas, porque aqui é uma casa pública, uma casa do povo, do poder público, e não pode acontecer esse tipo de contravenção aqui dentro, não”, disse o deputado.
A Câmara Legislativa tem aproximadamente 80 seguranças. A coordenadoria de polícia não quis informar quantos trabalham a cada turno, mas pelo menos dois deles ficam em uma entrada a poucos metros de onde são feitas as apostas do jogo do bicho. “Eu nunca vi”, afirmou um segurança. “Eu desconheço, não tenho conhecimento, não”, completou outro.
De acordo com a polícia, o jogo do bicho é uma contravenção de jogo de azar. Normalmente, quem faz as apostas é levado para a delegacia, onde presta depoimento e depois assina um termo se comprometendo a comparecer à Justiça posteriormente. Em geral, o juiz propõe um acordo para que o contraventor cumpra algum tipo de pena alternativa.